Psicólogo Antônio |
Hoje o suicídio já é considerado uma epidemia mundial, suas consequências são devastadoras, muitas vezes não dá chance de resposta às perguntas dos parentes e amigos que ficaram com o sofrimento pela perda de quem optou por essa via.
Pode ser causado por diversos fatores, os motivos são pessoais. No entanto é importante salientar que o contexto social é um fator determinante. A falta de perspectivas de resolução dos problemas, passa pela ineficácia de políticas públicas voltadas à saúde, geração de empregos, prevenção da violência doméstica, seguridade social, saneamento básico, etc.
Vivemos em um mundo que promete realizar desejos instantaneamente, a um toque na tela de distância. Compra-se pela internet e se recebe em casa, sem filas, sem estresse. A lógica das relações empresariais de consumo tem invadido nossas vidas afetivas: consumimos e somos consumidores de redes sociais. Criamos e estimulamos tendências, nos preocupamos mais em parecer do que de fato ser. Temos milhares de amigos virtuais para suprir os encontros reais que não acontecem por conta do atual ritmo de vida, onde temos de dar conta de várias demandas ao mesmo tempo.
Dizemos cada vez mais cedo a nossos filhos sobre a importância de se preparar para competir no mercado de trabalho que exige
A experiência clínica com jovens e adolescentes tem demonstrado que este grupo apresenta maior grau de vulnerabilidade, não estão dando conta. A indiferença, a falta de carinho, de uma palavra amiga estão fazendo falta. As rebeldias, agressividades, auto-mutilações, dependências químicas / tecnológicas podem ser formas de comunicacão de um pedido de socorro. Campanhas como o " Setembro Amarelo" são fundamentais para criar consciência sobre a gravidade do suicídio, são um primeiro passo para percebemos mais o outro, oferecer e pedir ajuda, criar consciência que nossa dor não é bobagem.
Portanto, ame, cuide, fale, brinque, encontre, abrace como se não houvesse amanhã porque o presente é o momento em que tudo existe. Você não está sozinho.
Reflexão do nosso psicólogo Antônio.